13 de maio de 2007

Gata adota sete pintinhos órfãos na Jordânia

3/05/2007 - 11h34 - Atualizado em 13/05/2007 - 11h35
Galinha morreu faz um mês.
Pintinhos e filhotes da gata vivem em harmonia.


Foto: Reuters

Na hora de mamar, a mãe gata, chamada de Nimra, encontra canto para dar calor aos sete pintinhos, que ficaram órfãos há um mês, na Jordânia (Foto: Ali Jarekji/Reuters)

Foto: Reuters

Homem segura a mãe-gata e um dos sete pintinhos (Foto: Ali Jarekji/Reuters)






6 de maio de 2007

MORTE DE ABELHAS AMEAÇA A AGRICULTURA DOS EUA.


http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/mai/03/299.htm

Diversas frutas e legumes que dependem destes insetos para polinização poderão ter desaparecer, caso as abelhas continuem morrendo

Associated Press


BELTSVILLE, EUA - Um misterioso assassino de abelhas continua devastando as colméias dos Estados Unidos e reduzindo abruptamente a população desses animais. Se ninguém (ou nada) acabar com isso, as conseqüências da matança poderão se refletir na alimentação diária do norte-americano.

Abelhas não fazem apenas mel; elas polinizam mais de 9 das frutas e verduras mais saborosas e nutritivas dos EUA, entre elas: maçã, noz, abacate, cereja, morango, soja e brócoli.

Na verdade, cerca de um terço da dieta humana provém de plantas polinizadas por insetos, e as abelhas são responsáveis por 80% dessa polinização, segundo o Ministério da Agricultura dos Estados Unidos.

Até mesmo o gado, que come alfafa, depende das abelhas. Então, se elas desaparecerem mais ainda, os americanos poderão acabar tendo como alimento apenas "grãos e água", segundo afirmou Kevin Hackett, líder do programa nacional do Ministério da Agricultura dos EUA para abelhas e polinização. "Este é a maior ameaça para nosso suprimento de alimentos", disse Hackett.

Mesmo que nem todos os cientistas prevejam uma crise alimentícia, visto que mortes em larga escala de abelhas já ocorreram no passado, esta, particularmente, se mostra alarmante e confusa.

Apicultores norte-americanos perderam nos últimos meses um quarto de suas colônias - ou cerca de cinco vezes mais do que as mortes naturais que ocorrem durante o inverno - devido ao que os cientistas chamam de Desordem de Colapso Colonial (CCD, em inglês).

O problema começou em novembro e parece ter se espalhado para 27 Estados americanos. Casos semelhantes aconteceram no Brasil, Canadá e partes da Europa.

Cientistas se esforçam para descobrir o que está matando os insetos, e resultados preliminares de um importante estudo divulgados nesta semana apontam como causadores da tragédia algum tipo de parasita ou doença.

Mesmo antes desta desordem ocorrer, as abelhas já estavam em apuros. O número de indivíduos estava diminuindo constantemente, pois seus genes não são equipados para combater venenos e doenças.

Especialistas brasileiros e europeus se juntaram numa investigação no laboratório de estudos de abelhas do Ministério da Agricultura dos EUA, localizado em Washington. Nas últimas semanas o gabinete do vice-presidente, Dick Cheney, foi informado sobre o problema.

"Essa crise ameaça destruir produções de plantas que dependem da polinização de abelhas", disse o secretário da Agricultura Mike Johanns em um comunicado.
Um estudo do Congresso informou que as abelhas contribuem indiretamente com cerca de US$ 15 bilhões por ano em alimentos devido às suas polinizações.

Suspeitos

Segundo o maior especialista em abelhas do Ministério da Agricultura, Jeff Pettis, os suspeitos pela diminuição da população de abelhas nos EUA são um parasita, um vírus desconhecido, algum tipo de bactéria, pesticidas, ou uma combinação entre duas destas quatro últimas, em que uma enfraquece o inseto e a outra o mata.





1 de maio de 2007

GATOS DO BOSQUE.



Estes gatinhos têm uma história triste. Foram todos abandonados no Bosque dos Jequitibás, em Campinas. Muitos eram gatos que moravam em casas, que tinham uma família. No Bosque eram alimentados por protetoras, que ficavam com pena dos pobres animais. No entanto, a diretoria do Bosque encontrou um morcego portador do vírus da raiva, e tomando isso como base, mandou capturar todos os gatos e levar para o CCZ.

Eles estavam acostumados a espaço e liberdade. No CCZ se viram confinados, sem amor e sem carinho. Gatos já são introspectivos e medrosos, imagine agora com todo esse estresse?
Passado o período de observação (nenhum deles apresentou qualquer sintoma de raiva), os animais terão que sair de lá o mais rápido possível. Sabemos que é muito, muito difícil, pois são animais adultos e precisam de cuidados – sofreram demais.
Estamos procurando desesperadamente adotantes. Há gatos para todos os gostos. Seria muito bom se alguém dispusse de espaço em uma chácara ou sítio, e pudesse adotar vários deles. É uma questão de vida ou morte!

mais informações pelo email:

LONGEVIDADE FELINA




O Siamês Tom completa 20 anos no próximo domingo. o que equivale a 93 anoshumanos.



NA quarta idade
por Deborah Giannini

"Você ainda tem aquele gato?", pergunta, estupefato, um amigo do artista plástico Eduardo Srur, 31, cujo siamês, Tom, completa 20 anos no próximo dia 2.

Srur e seu amigo tinham 11 anos quando Tom, o filhote mais arisco da ninhada, foi adotado pela família. Duas décadas depois, Tom continua "inteirão", mas com um ar bem mais sereno, alguns bigodes retorcidos e o olhar cansado. "Ele nunca teve problema de saúde; só quebrou a perna uma vez e ficou engessado, quando meu irmão caiu em cima dele ao derrapar no tapete enquanto corríamos pela sala", conta.
Isso faz mais de dez anos. Com a maturidade -20 anos felinos correspondem a pouco mais de 90 anos humanos-, Tom tornou-se mais tolerante (parou de morder estranhos, segundo o dono), mais "fresco" (só come o que o dono come, leia-se carne de primeira e frango desfiado) e bem mais dorminhoco -das 18 horas que um gato jovem costuma dormir, ele passou para cerca de 22, 23 horas.

Ultrapassar a barreira dos 15 anos não é para qualquer bichano. A expectativa de vida de um gato de rua é de cinco anos; de um doméstico, de dez. Segundo o "Guiness" deste ano, o gato mais velho do mundo se chama Creme Puff, ainda está vivo, mora nos Estados Unidos e tem 36 anos.

"Não é absurdamente raro um gato chegar aos 30 anos. Um bicho castrado e bem tratado consegue alcançar os 20", afirma o biólogo Carlos Alberts, do laboratório de comportamento de felinos da Unesp-Assis. Com uma vantagem em relação aos cachorros: tendem a manter o aspecto jovem. "O cão é como o homem, sua aparência vai degradando com o avanço da idade, vão ficando com os pêlos brancos e envelhecidos; já os gatos não aparentam", diz. O biólogo credita isso aos alongamentos diários dos felinos e a seu hábito da autolimpeza, que contribuiriam para a manutenção da flexibilidade e da percepção por mais tempo.

Cientistas ainda procuram nos genes a explicação por que um homem vive cinco vezes mais que um gato, que vive cinco vezes mais que um rato. Por enquanto, o metabolismo leva a responsabilidade. "Animais menores dispõem de metabolismo mais acelerado. Um rato, por exemplo, tem 200 batidas cardíacas por minuto, enquanto seres humanos têm, em média, 80. No rato, o coração bate mais rápido, o consumo energético é mais acelerado; é como se o corpo se desgastasse a uma velocidade maior.
Então é normal uma expectativa de vida pequena de, no máximo, cinco anos", explica o biólogo. O que ajuda animais como jacarés e jabutis a alcançar idades muito avançadas, segundo ele, é o fato de serem pecilotérmicos, ou seja, de "sangue frio". "Nesses bichos, a temperatura do corpo não é constante, muda conforme a temperatura ambiente e assim, o metabolismo é mais baixo por mais tempo, o que o desgasta menos", explica.

Em qualquer animal, sejam tartarugas, gatos ou homens, estudos recentes estabelecem que a duração da vida depende 35% de fatores genéticos e 65% de ambientais. Para Eduardo Srur, o segredo de longevidade de seu gato foi o amor que recebeu em casa, o que faz certo sentido, segundo Luciana Deschamps, veterinária da Clínica Sr. Gato. "Um ambiente favorável para uma vida longa inclui um dia-a-dia sem estresse."

O estado de estresse está diretamente ligado ao sistema imunológico; quando ele aumenta, a resistência física cai, deixando o organismo vulnerável a doenças. No gato, ele pode ser provocado pela relação com outros bichos ou com as pessoas da casa.
 
Velho gato

A contagem da idade felina tem uma lógica própria. Acredita-se que o primeiro ano de vida do gato corresponda a 16 anos humanos. A partir daí, calcula-se, em média, quatro anos humanos para cada ano felino. Por exemplo: um bichano de dois anos equivale a um humano de 20; três anos corresponderiam a 25. "Provavelmente esse cálculo, criado por amantes de gatos, se baseie na maturidade sexual, que é um ano para gatos e 15, em média, para seres humanos", afirma Alberts. Segundo ele, um animal com idade entre oito e nove anos já é "bem vivido" (cerca de 50 anos humanos).

As doenças mais comuns relacionadas à terceira são as do coração, de insuficiência renal crônica, tumores e problemas de visão e audição. "A castração aumenta a expectativa de vida, pois previne câncer nos órgãos reprodutores e ainda diminui o comportamento sexual, que inclui brigas, no caso dos machos, e grande quantidade de cópulas, no caso das fêmeas, o que aumenta a chance de contrair vírus e bactérias."

Para prever o futuro de um gato, é importante olhar o seu passado. Sua árvore genealógica diz muito sobre sua vida. "A característica da longevidade pode vir de família", afirma a professora-titular aposentada Mitika Hagiwara, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

Segundo ela, vira-latas tendem a viver mais que gatos de raça. A explicação é simples: a seleção de características como cor e pelagem, que determinam o padrão de uma raça, acaba tornando esses bichos mais suscetíveis a determinados problemas, como a má-formação óssea ou a predisposição a pedras nos rins; já em relação aos SRD (sem raça definida), ocorre o contrário: a seleção é feita ao acaso e a possibilidade de um problema genético é menor.